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Mostrando postagens de janeiro, 2015

madeleines

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                     Menos de um mês após o falecimento de minha mãe recebi uma mensagem, por meio de um desses milagres da tecnologia pelos quais estamos todos enfeitiçados atualmente, me convidando para participar de um encontro de amigos e conhecidos do passado.           O período em questão refere-se aos quase dez anos que vivi com minha mãe em Campos do Jordão, entre 1956 e 1967, ano em que concluí o curso ginasial e decidi morar com meu pai em São Paulo, por mais dez anos, até o falecimento dele em 1977. O contato fez emergir um turbilhão de memórias, personagens e episódios escondidos nas dobras do tempo. Fotos com imagens aparentemente esquecidas, guardadas na gaveta da memória, no armário da nostalgia, como madeleines de Proust, despertaram minha memória involuntária, evocando sentimentos ambíguos. Pequenas lembranças, afetos, emergiram com a rapidez de um flashback transformando minha cabeça numa tela de cinema cuja película, parafr