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MEDO

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MEDO LENINE Tienen miedo del amor y no saber amar Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz Tienen miedo de pedir y miedo de callar Miedo que da miedo del miedo que da Tienen miedo de subir y miedo de bajar Tienen miedo de la noche y miedo del azul Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar Miedo que da miedo del miedo que da El miedo es una sombra que el temor no esquiva El miedo es una trampa que atrapó al amor El miedo es la palanca que apagó la vida El miedo es una grieta que agrandó el dolor Tenho medo de gente e de solidão Tenho medo da vida e medo de morrer Tenho medo de ficar e medo de escapulir Medo que dá medo do medo que dá Tenho medo de acender e medo de apagar Tenho medo de esperar e medo de partir Tenho medo de correr e medo de cair Medo que dá medo do medo que dá O medo é uma linha que separa o mundo O medo é uma casa aonde ninguém vai O medo é como um laço que se aperta em nós O medo é uma força que não me deixa andar Tienen

Poema-alívio

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Poema-alívio Será preciso me exilar em Buenos Aires para escrever o meu livro de poemas? exílio-poema? poema do exílio? Ou fugir para as montanhas azuis ao redor da cidade de Campos do Jordão? Para o campinho trás de casa Armado com cartucheiras e revólveres a caçar comanches e cheyennes? Mas... poemas não são feitos de perguntas. Nem são feitos de  saudades daqueles que ficaram esquecidos  nas esquinas do tempo. Nem são feitos para saciar a curiosidade  de saber d os segredos das árvores do peral. Poemas são feitos para aliviar a alma! Poema-fuga para a casa de Francisca, televizinha de Rin tin tin, cabo Rusty e tenente Rip Master protegidos do futuro incerto da incompreensão das coisas tolas, das coisas todas das palavras incertas, desnecessárias Poema insano D a manhã nublada e úmida Do avião que corta o céu em curva Do som que resta do avião que corta o céu azul das montanhas ao redor da cidade d

KYOKO YUMURA - Desenhos

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Tina Liguori - fotografias

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fade out

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     fade out      aos poucos e com moderação, vou desaparecendo.      até que eu me perca nos achados das calçadas.      e que a lembrança de mim seja apenas um suspiro alheio      como quem tosse por causa da infusão da cidade. Marcio Yonamine

PERSONAGENS

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A voz de meu pai

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A voz de meu pai Não me lembro da voz de meu pai. Recordo-me de suas ideias, opiniões e crenças; não de sua voz. Se falava muito ou pouco Se era categórico em suas afirmações se sua voz era macia ou grave não consigo me lembrar me lembro de sua boa-vontade, amizade e paciência com minhas manias de adolescência. De seus conselhos sobre o trato com as meninas para mim e para toda a molecada, cujos pais não tinham tempo ou coragem de tocar no assunto. Seus eternos problemas financeiros nunca impediram que eu fosse ao cinema, comprasse camisa-esporte ou sapato marron. Para eu me dar bem na vida, deveria de ser engenheiro ou militar. Tinha muitos amigos que o chamavam pelo sobrenome. Lembro-me do retrato que fez de minha mãe Perdido para sempre no sótão da casa do interior. Do seu corte de cabelo, dos seus óculos, do seu bigode, das sopas com estranhos temperos improvisadas depois do cansaço do dia. D